Sondagem destaca início de 2022 positivo para as empresas, com avanço da confiança e otimismo de dirigentes de vendas e marketing

A Sondagem de Confiança e Expectativa dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil é conduzida trimestralmente pelas ADVB com apoio técnico da Fipe, com o objetivo de acompanhar a opinião de ocupantes de cargos de vendas e marketing com respeito à evolução recente da economia brasileira, dos setores em que atuam e das empresas em que trabalham, bem como as expectativas em relação a três dimensões para os próximos 12 meses.

Adicionalmente, a sondagem inclui um levantamento das expectativas de dirigentes e ocupantes de cargos das áreas supracitadas quanto ao desempenho das vendas e à evolução da verba disponível para ações de marketing no curso dos próximos meses.


Amostra da sondagem: foram convidados a participar da sondagem indivíduos com cargos nas áreas de vendas e marketing, dirigentes e ocupantes de cargos relevantes em suas empresas e instituições. A 17a rodada teve como referência o 1o trimestre de 2022 e contou com as contribuições de 509 respondentes entre 11 de abril e 09 de maio de 2022.

Perfil dos respondentes e empresas: em termos de perfil sociodemográfico, 76,5% dos respondentes se autodeclararam do gênero masculino e 75,7% apresentavam 45 anos ou mais.
Geograficamente, predominavam na amostra respondentes de empresas sediadas em: São Paulo (42,2%), Paraná (33,6%), em Santa Catarina (8,9%), Distrito Federal (2,8%), Pernambuco (2,8%) Rio Grande do Sul (2,8%), Minas Gerais (2,5%), Rio de Janeiro (1,4%), entre outras unidades da federação. Em relação à posição ocupada, a maior parte dos respondentes da 17a rodada apresenta cargos relacionados à presidência; direção geral e de vendas; gerência comercial, de marketing e de vendas; superintendência de marketing,

Direção de planejamento estratégico; entre outras posições. Em termos de enquadramento, as empresas dos respondentes atuavam em atividades relacionadas a comércio e serviços (85,3%), indústria (11,9%) e agronegócio (2,8%). Finalmente, no quesito porte, a maior parcela dos respondentes (37,8%) integrava empresas classificadas como de pequeno porte (até 9 funcionários); 30,8% faziam parte de empresas e organizações com entre 10 e 99 funcionários; e 8,9% compunham empresas com 100 ou mais funcionários.

Confiança e expectativa: no 1o trimestre de 2022, a confiança voltou a registrar resultados mistos, em decorrência da melhora marginal das condições econômicas relacionadas aos setores, às empresas e negócios dos respondentes, em paralelo à leve deterioração das condições gerais da economia brasileira. Na comparação com os resultados da sondagem no 1o trimestre de 2021, todavia, é possível destacar um avanço generalizado da confiança dos respondentes, abrangendo todas as três dimensões consideradas pela sondagem. Em relação às expectativas, os resultados apurados no último trimestre destacaram um quadro mais benigno, pautado por um otimismo que, embora mais abrangente, também tem como ênfase o desempenho projetado para as empresas e negócios dos participantes da sondagem. Conclusão similar se dá pela comparação entre a expectativas dos respondentes no 1o trimestre de 2022 e o mesmo período de 2021, com avanços registrados no âmbito da economia brasileira, no setor de atuação das empresas dos respondentes e nas próprias empresas/negócios dos respondentes. Em síntese, os resultados da sondagem do 1o trimestre de 2022 oferecem ao menos duas leituras do cenário econômico atual, segundo a ótica dos dirigentes de vendas e marketing: o primeiro, de longo prazo, representado pela consolidação de um quadro visível de melhora frente à percepção dominante em um momento crítico da pandemia, há um ano; o segundo, de curto prazo, marcado pelo contraste entre o momento deliciado e de incertezas vivido pela economia brasileira e o desempenho/otimismo dos respondentes com suas respectivas empresas e dos negócios.


Expectativa dos dirigentes em relação às vendas e verba de marketing: parte majoritária dos respondentes projeta crescimento tanto no valor das vendas quanto na verba disponível para ações de marketing no decorrer dos próximos 12 meses. Especificamente, com relação ao desempenho esperado do valor das vendas nos próximos 12 meses, os respondentes se distribuíram entre aqueles que se declararam otimistas (79,1%) e pessimistas (10,4%), além de uma parcela restante dos respondentes (10,5%) que apostava na manutenção dos patamares atuais. Já com relação à verba de marketing, adotando como referência o mesmo horizonte, a expectativa média apurada com relação à verba disponível foi um pouco menos otimista, distribuindo-se da seguinte forma: expectativa de aumento para 60,5%; de estabilidade, para 27,6%; e de queda, para os demais (11,9%).