Confiança e expectativa dos dirigentes de vendas e marketing ficam estáveis ao final de 2021, contrastando melhora nos negócios a um cenário menos positivo para a economia

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A Sondagem de Confiança e Expectativa dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil é conduzida trimestralmente pela ADVB com apoio técnico da Fipe, com o objetivo de acompanhar a opinião de ocupantes de cargos de vendas e marketing com respeito à evolução recente da economia brasileira, dos setores em que atuam e das empresas em que trabalham, bem como as expectativas em relação a três dimensões para os próximos 12 meses.

Adicionalmente, a sondagem inclui um levantamento das expectativas de dirigentes e ocupantes de cargos das áreas supracitadas quanto ao desempenho das vendas e à evolução da verba disponível para ações de marketing no futuro próximo.

Amostra da sondagem: foram convidados a participar da sondagem indivíduos com cargos nas áreas de vendas e marketing, dirigentes e ocupantes de cargos relevantes em suas empresas e instituições. A 16ª rodada da sondagem, referente ao 4º trimestre de 2021, coletou um total de 315 respostas entre 10 de janeiro de 2022 e 22 de fevereiro de 2022.

Perfil dos respondentes e empresas: em termos de perfil, 75,6% dos respondentes eram do gênero masculino e 75,7% dos respondentes apresentavam 45 anos ou mais.

Em termos geográficos, predominavam na amostra respondentes de empresas sediadas em São Paulo (55,0%), Santa Catarina (13,1%), Minas Gerais (4,5%), Distrito Federal (3,2%), Rio de Janeiro (3,2%), Rio Grande do Sul (3,2%), Espírito Santo (0,9%), entre outras unidades federativas.

Em relação à posição ocupada, a maior parte dos respondentes da 16ª rodada ocupava posições na presidência, direção geral, direção de vendas, gerência comercial, direção geral de vendas, direção de planejamento estratégico, superintendência de marketing, gerência de marketing e vendas, entre outros cargos de destaque e liderança.
Setorialmente, as empresas atuavam em atividades relacionadas a comércio e serviços (82,9%), indústria (13,1%) e agronegócio (4,1%).

Finalmente, em termos de porte, a maior parcela dos respondentes (42,8%) integrava empresas que foram classificadas como de menor porte (até 9 funcionários); 28,9% faziam parte de empresas e organizações com entre 10 e 99 funcionários; e 27,0% compunham empresas com 100 ou mais funcionários;

Confiança e expectativa: no 4º trimestre de 2021, a confiança dos respondentes manteve-se praticamente estável em relação aos períodos anteriores, evidenciando discreta melhora das condições econômicas relacionadas à empresa e aos negócios dos respondentes, em paralelo à ligeira deterioração das condições gerais da economia brasileira.
Em relação às expectativas, os resultado da última rodada também espelharam essa divergência na percepção dos respondentes, contrastando uma perspectiva mais otimista para a empresas e os negócios, de um lado, e a projeções menos otimistas para a economia brasileira, de outro.

Comparando-se com os resultados referentes ao último trimestre de 2020, por sua vez, tanto os níveis de confiança quanto de expectativa apurados no 4º trimestre de 2021 encontram-se em patamares ligeiramente inferiores – resultado que pode ser lido à luz dos desafios enfrentados pela economia brasileira ao longo do último ano, incluindo pressões inflacionárias, elevação das taxas de juros, queda na renda e desemprego elevado.

Expectativa dos dirigentes em relação às vendas e verba de marketing: a maior parcela dos respondentes projeta crescimento tanto no valor das vendas quanto na verba disponível para ações de marketing no decorrer dos próximos 12 meses.

Especificamente, com relação ao desempenho esperado do valor das vendas nos próximos 12 meses, os respondentes se distribuíram entre aqueles que se declararam otimistas (78,1%) e pessimistas (8,3%), além de uma parcela minoritária dos respondentes (13,5%) que apostava na manutenção dos patamares atuais.
Já com relação à verba de marketing, adotando como referência o mesmo horizonte, a expectativa média apurada com relação à verba disponível foi um pouco menos otimista, distribuindo-se da seguinte forma: expectativa de aumento para 62,3%; de estabilidade, para 25,7%; e de queda, para os demais (12,0%).

Frente à insegurança na economia do país, a maioria das corporações amplia verba de marketing, ancoradas nas expectativas de ganhos com vendas de produtos e serviços diversos em 2022. Um aparente paradoxo, mas que sinaliza a confiança na sua própria capacidade e do respectivo setor empresarial. Menos governo e mais iniciativa privada.